O desenvolvimento das tecnologias e sua capilaridade tem se apresentado numa velocidade exponencial. Enquanto um telefone levou 75 anos para alcançar 50 milhões de usuários, o Pokémon GO levou apenas 19 dias (Citi Digital Strategy Team, 2021). Nesta sociedade da informação, o que a diferenciará está na capacidade dos interlocutores digerir com seu conhecimento.
As organizações, públicas ou privadas, passam e continuarão passando por transformações, e o ser humano faz parte desta transformação.
O termo cidades inteligentes surgiu na Alemanha, em 2011 e não é um termo cunhado pensando somente na tecnologia.
Cidade Inteligente pode soar estranho, quando analisamos o termo “inteligente” para adjetivar pessoas, e não lugares, principalmente quando pensamos somente em “tecnologia”. O conceito inteligente passa pela capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de se adaptar a novas situações, logo a conjuntura de uma cidade inteligente ainda é muito aberta e abrangente, porém cidades inteligentes buscam otimizar o uso de recursos para melhor servir a sua população.
Uma cidade inteligente pensa no planejamento urbano, na gestão da infraestrutura urbana, mas apresenta uma Economia Inteligente (competitividade), Pessoas Inteligentes (capital humano e social), Governança Inteligente (participação), Mobilidade Inteligente (transporte e TIC), Meio Ambiente Inteligente (recursos naturais) e Estilo de Vida Inteligente (qualidade de vida) (NEIROTTI et al, 2014)).
Transformar uma cidade em inteligente não ocorrerá no seu todo. A cultura e as ações da população, somadas às ações dos poderes constituídos, devem atuar nas “dores” da comunidade, e aplicando a inteligência, no conceito de “entender e posteriormente atender as demandas de seu público”, a colocará no seu centro dos investimentos, com maior qualidade e eficiência na resolução de desafios, alcançando o reconhecimento de todos. O importante é planejar, capacitar os agentes públicos e a população!
Cesarino Carvalho Junior é matemático, engenheiro industrial mecânico, pós-graduado em Administração de Empresas e mestre em Administração de Empresas. É mentor nas áreas da qualidade e gestão organizacional pela Meta Gestão CTG.